segunda-feira, setembro 22, 2025
Para quem?
Há que reconhecer e aceitar o facto de não se ser mais e melhor e de não se alcançar mais longe e mais alto.
Mas se esse é realmente o caso, então para quem está reservado o prémio? Para o brutamontes, claro. Mas, para além desse, que sempre o consegue, para quem?
Para quem, se não para o altamente educado,
internacionalmente realizado, moderadamente atraente, familiarmente competente,
socialmente agradável, politicamente moderado, moralmente ambicioso,
diplomaticamente resoluto, argumentativamente consensual, laconicamente eloquente,
perspicazmente surpreso, decididamente dubitativo, candidamente maduro, sensatamente
jovem, criativamente seguro… se não para ele, para quem os louros do Destino?
Jejum
Se pedirmos a alguém para não fazer o que quer que seja durante um dia – um dia, apenas um dia, nada mais – parece-nos um pedido pequeno, uma dádiva simples, um sacrifício mínimo, um obrigado rápido. Um dia! Parece tão pouco a pedir à força de vontade, ao corpo, à vida. Negá-lo seria uma indulgência decadente, um capricho destemperado, um exagero de egoísmo, uma impertinência face ao universo.
Há excepções, mas são as que tem efeitos incontrolados, imediatos na sobrevivência: não respirar. Mas, o resto? Quase qualquer actividade humana pode ser adiada com esforço apenas moderado. Há quem passe um ano sem beber, um mês sem chegar atrasado, uma semana sem perder a calma. Parar por um dia? Um dia? Um dia não é nada. Certo?
E, no entanto…
Não comer. Durante umas míseras 24 horas. Não é a mesma coisa mas parece ser
desprocionadamente difícil. Mesmo quando temos reservas mais do que
suficientes. É de ser aquele o nosso primeiro e mais arreigado hábito, embuído daquela
uma montanha de rituais, obrigações e prazeres sociais. Temos que voltar ao
jejum, somos ricos o suficiente.
terça-feira, agosto 26, 2025
Há um bocado de verdade nisto
Aging is an extraordinary process whereby you become the person you always should have been.
David Bowie
terça-feira, julho 16, 2024
Verdade!
I disagree with myself many times and I am often right!
sábado, dezembro 16, 2023
Stolpersteine
Lembrar. Stumbling stones.
sábado, agosto 19, 2023
Lindo
A Isabel para mim: “Até tens boa cara para trabalhar na rádio”.
quinta-feira, junho 15, 2023
É possível!
https://www.youtube.com/watch?v=XfonhlM6I7w
A história da renovação urbana de Le Plessis-Robinson
domingo, junho 11, 2023
Lembranças do IEETA
É bom trabalhar com engenheiros para organizar informação: https://www.youtube.com/watch?v=YslfY4W-NAg
terça-feira, março 14, 2023
Uma coisa random
Pensamentos que tive:
- os ricos podem ser sovinas
- muito sovinas
- o gosto é realmente uma coisa pessoal mas estas coisas são simplesmente feias
- adoro o conceito de kintsugi e devíamos falar mais sobre isso e usá-lo mais para reparar e embelezar a nossa vida
- há realmente algo de estranhamente repousante em certas actividades repetitivas ou manuais
- o exagero desse cuidado pode levar-nos a pensar em fetiches...
- a palavra mul(l)e devia ser banida
- aposto que este tipo só está a fingir que é asiático
- mas por que razão estive eu a ver isto?!
www.youtube.com/watch?v=mtz_-PkI7PQ
segunda-feira, janeiro 09, 2023
Bio
Uma pequena tarefa que deve ser assustadora se levada a sério e que por isso só pode ser levada a sério.
Uma sucessão de acontecimentos, feitos, pessoas, lugares, coisas? De estados de paz, destruição, satisfação, ansiedade, calma, agonia? De avaliações de amâgo bom, alma positiva, ser verdadeiro? De caminhos a traçar, viagens em curso, aperfeiçoamentos constantes, desenvolvimentos permanentes, fluxos universais, operários em construção? Tudo isso, nada disso?
1,73; 70; 47; O+; namorada, filhas a andar de bicleta e a modelar um sistema solar; amores e dores criadas; gatos ajudados, cães à bulha separados; cadernos manuscritos; colheres; uma associação de estudantes e uma máquina de lavar concertadas; colchões atirados pelo ar em Troía e no Luxemburgo.